Entre Nós

Ingredientes:

Algumas dezenas de ex-bandidos
centenas de ex-prostitutas
milhares de ex-mães de santo
e alguns ex-homossexuais

Misture bem, jogue no fogo da "fogueira santa" e espere a choradeira do milagre começar a ferver no meio do salão. Pronto! Está feito mais um bocado de cérebros fritos. Pessoas alienadas que não conseguem mais ouvir, falar, pensar ou entender algo que não seja evangélico. Pessoas que trabalham de sol a sol pra no fim do mês fazer a "doação" de 10% dos seus míseros salários. Ex "macumbeira" dando seu depoimento, onde diz que fazia sexo com o Diabo, bandidos que abandonaram a vida do crime e hoje tem: duas casas, carro do ano e uma empresa.

Bom, tudo isso porque hoje, aconteceu uma coisa que me fez lembrar do assunto; estava chegando ao sesc de São Paulo, quando vi algumas pessoas na frente do prédio, cheguei próximo a uma mulher e fiz a simples pergunta: "bom dia! é aqui a entrada do sesc?" a mulher não virou nem 1/3 do pescoço para dar a infame resposta: "Ah , acho que é!" . La dentro, na perde do atendimento, a mulher sentou-se ao meu lado e puxou um livro da sua bolsa. Era um livro do evangelho de alguém. Pensei comigo: "nossa, que mulher grossa e mal educada. Depois ainda se dizem no direito de "pregar" a palavra de Deus"
E é assim, que pessoas como essa senhora vão levando a vida, achando que dando r$ 50,00 reais mensalmente para igreja estará salva e terá seu cantinho no céu. Enriquecendo a vida de pastores que usam o nome de Deus em prol de suas vidas de luxo e muito conforto, enquanto os doadores dormem em camas( muitas vezes) com colchões de madeira.

Vide os 400 milhões enviados por Edir Macedo a contas no exterior.

Músiquinha para esse post: Paramore - Ignorance

Se existisse uma bolsa de valores da amizade, quão valorizada estaria a sua? Difícil saber. Em tempos de crise, deixa-se de lado certos "valores" e entra-se em um mundo de finanças. Daí, quem tiver o lance mais alto leva. Leva o "amigo" quem tiver mais... Quem estiver mais apto a leva-lo nas costas como um cavalinho de corrida.
Então você começa a notar que esses "valores" citados não passa de mixaria perto do que entendemos como amizade. No momento de crise pessoal, seu querido amigo sempre dar um jeito de te apoiar com textos manjados e do tempo da nossa avó. Certo que você não espere mais do que isso, mas também nunca esperaria sentir aquela pressão comum de quando você está a um passo de descobrir que a pessoa que tinha mais confiança te dá a "facada" final. Depois joga o primeiro punhado de terra.

Com amigos assim, quem realmente precisa de inimigos? pois bem, eu preciso!
Inimigos pelo menos já estão pré-dispostos a nos atacar. A nos apunhalar pelas costas e depois dar aquela risadinha "A lá Flora".

Então é mais fácil confiar na maldade do inimigo ou na frieza escondida atrás do rosto sempre sorridente do melhor amigo? Fica a dúvida.
O que posso dizer hoje, é que a minha amizade está em baixa em alguns "mercados" acabou de fechar por volta dos R$ 99,00. Agora, Quem dá mais?

Ser cult para alguns ( num falho e antigo conceito) e gostar de Trash's 80, David Bowie, Bjork, The Doors e assistir a filmes do Almodóvar, Ford Coppola e Wood Allen.
Ser "cult" não é desistir de a uma balada eletrônica ou ouvir Cds da Madonna, Britney Spears ou Lady Gaga para ler um livro da Clarice Linspector ou ver pela décima vez um filme de mil novecentos e guaraná com rolha. Ser cult, no sentindo mais "abrasileirado" da palavra é conter um certo nível de cultura, de conhecimento, e poder conversar com pessoas de qualquer classe social, que tratam dos mais variados assuntos. Estar preso a rótulos e paradigmas é tão "Last millenium" . Ser cult e ser chato, antigo, preso dentro de uma fita cassete do estúdio 54 não é o que eu tenho como exemplo de cultura. Ser cult ou ser cool? Cool: gíria americana para legal, bacana, maneiro.
Ser cool é estar interagido com algo legal, uma coisa que as pessoas curtem independente de ser Cult ou Pop.
Eu ouço Bjork, vejo filmes do Almodóvar , leio livros e revistas. Isso não me torna cult. Sou uma pessoa que respeita a opção de cada um em relação ao gosto musical, de filmes ou de literatura.
No final das contas, o mais cool disso tudo é conseguir respeitar as diferenças sem se incomodar com o pensamento alheio. Cada um na sua e cultura na de todo mundo.

Como sempre dou uma dica de vídeo, hoje já que estou falando a respeito disso, ai vai um dos melhores filmes que já vi: Má Educação - Pedro Almodóval ( com Gael Garcia). Um beijo!

22 de abril, 18:15 , metrô estação Sé. Um lençol de gente, grudados uns aos outros como se fossem um bando de formigas em frenesi dentro do formigueiro.
Uma placa de metal de mais ou menos 3 metros separando algumas centenas de pessoas da linha amarela que indica o limite até onde os passageiros podem ir. Um guarda "enorme" gritando : "recuem pessoal, recuem por favor!" e as centenas de pessoas nervosas, esperando sua vez de entrar no próximo vagão se esquecem da educação que por tantas vezes é exigida pelas proprias. Uma sucessão de gafes e erros, de gestos desnecessários e muita "presença de espírito". Claro, eu já sabia que nesse horário iria provavelmente passar por aquela situação nada agradavél.
E doque eu estaria reclamando, se previamente sabia dessa inescapável situação? Bom, não é porque sei que a chuva molha e pode desmanchar meu pentiado que vou ficar feliz ou ao menos não me aborrecer se sair na chuva, certo? Para mim sim, mas notei que muitas pessoas parecem não se abalar com tal acontecimento, parecem que vivem aquela rotina e aquela loucura das 18:00hr como se fosse a novela do Manoel Carlos fizesse parte de suas vidas e não se pudesse evitar tal acontecimento. Comodismo se aplica nessas circunstâncias? Como alguém pode se acostumar a viver no meio de um formigueiro gigante onde sem a menor educação, ou preocupação com idosos, gestantes, mulheres com crianças a colo e pessoas com deficiência física as pessoas passam seus dias de "cão"? Póis é. E mesmo assim somos apaixonados por São Paulo. E imagino que se não houvesse tudo isso descrito por mim acima, São Paulo não seria a mesma e não teria, vamos dizer assim, esse charme tão peculiar.

Senti o drama e comova-se: (risos)

Ok, sabemos que São Paulo também pode ser chamado de ''centro da moda'' e que as pessoas dessa cidade tão peculiar adoram essa palavrinha. No post de hoje, relembro minha noite na Rua Augusta. Uma passarela para todos os gostos e estilos.
Por lá, circulam: Punks, Rockers, Fashionistas , Geeks e até os mais básicos.
Oque notei, é que não há um seguimento de moda, há uma mistura, uma tendência que não esta somente nas passarelas ou nos catálogos de moda.
Muitas coisas são tiradas da cabeça dos mais ligados a moda, claro que com uma báse noque está em alta, mas não são modelos que encontramos em manequins nas lojas.

Nessa foto, um pouco dos estilos que circulam no Mundo, NY - Roma - Buenos Aires- Barcelona e claro , São Paulo.

Pude notar a diversidade cultural e de estilo que a noite na Augusta, ou ao dia na Paulista tem. De certa forma, São Paulo segui uma tendência "Novaiorquina" no seguimento das baladas, das ruas e seus diferentes transeuntes.

A minha dica de video de hoje, é justamente a respeito de algumas baladas da Rua Augusta, feito por Pedro Henrique Araujo para a revista Viagem e turismo, e vale a pena conferir.
Um beijo e coisinhas logo mais.

Olá meus caros, quando acho que ja vi o bastante, me surpreendo mais uma vez.
Estava em direção a Paulista quando percebi algo estranho; Um odor forte, de alguma erva queimada... Adivinha oque era? Erva! Há!
Ok, o garoto estava fumando "unzinho" enquanto se dirigia ao local de destino, que inclusive por sorte dele eu sabia. Sim, o garoto , por sinal bonito e de aparencia jovem, queria saber onde era a Av. Paulista. Deu sorte!

Expliquei-lhe o caminho ( que foi facílimo) e quando se aproximava ao local em questão, o garoto parou em uma praça que fica em frente a uma agência do Bando Itaú onde alguns mendingos ( desocupados com o perdão da franqueza) e "bolou" outro baseado. Não entendi muito bem o que o menino estava achando disso tudo, porque ele não se preocupou de forma alguma com as pessoas, carros, e ate póliciais que passavam ali naquele momento. Expressando alguma rebeldia contra a sociedade? Apenas mais um lesado despreocupado com a moral e os bons constumes ( que pra mim, não existe nem em wonderland) de São Paulo? Do estado? Das pessoas que transitavam pela avenida? Bom , o que acontece é que "aqui" as pessoas são mais liberais, e isso deixa um espaço vago para as pessoas tentarem se expressar muitas vezes de forma errada...Ah, eu ate que dava "um dois" com ele!

Bom, hoje vou na Rua Augusta, Pra quem não conhece ou não conhece bem vai um Documentário realizado pelos alunos de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo, ministrado pelos professores Armando Prado e Oswaldo Hernandez.

Essa é a minha dica de video de hoje. Um beijo!

Bom, meu segundo post no blog. Difícil é saber por onde começar, o que falar quando se tem tanto a dizer...
Hoje, andando pela Av. Paulista pude constatar o que havia dito anteriormente: Pessoas de todas as classes, etinias e estilos.
Algumas coisas me chamaram a antenção: Uma moça, vestida no melhor estilo ''bancária'' , com uma argola no lábio inferior e cabelos em tons violeta andava despreocupada ouvindo seu Ipod pela Domingos ferreira como se estivesse dentro de casa.
Uma outra coisa que na hora do ocorrido cheguei até a dar uma risada de indignação foi o fato de existirem milhares de pessoas entregando panfletos ( na maioria inúteis) ao longo da Paulista. Um deles, o ùnico que peguei por educação , vinha escrito tal mensagem: "Carteira de habilitação, Corra,corra, corra!!!" fiquei pensando em como uma cidade que mesmo em dias de rodízio fica totalmente caotica, alguém pensa em tirar carta de motorista e ajudar a entupir mais ainda as ruas e avenidas já saturadas de São paulo?

Alô? Não tem ninguém além de mim que pense em usar o metrô e os ônibus para dar uma folguinha no tráfego de Sampa? Famílias onde todos os parentes tem carros e vão para a mesma direção, é mesmo necessário usar todos os veículos existentes na garagem?

Um garoto com pinta de funkeiro, sentado a beira de um buteco reunido aos amigos adolescentes, cantarolava :" I'm in miame beach, tum tum tunrum" , acho muito engraçado funkeiros cantando ou ouvindo músicas de balada GLS.

Bom, esse texto passou um pouco do custume Paulista, onde tudo deve ser muito rápido e curto, pois ninguém tem muito tempo aqui não é?

Entre Nós, no duplo sentido da palavra; experessando como é viver entre pessoas tão diferentes, estranhas, bonitas, feias, pobres, ricas...Pessoas!

Um enorme ''Nó'', um emaranhado de viadutos, ruas, predios, linhas de metrô.
Minha visão sobre uma cidade sede de sonhos, de pecados e prazeres. São Paulo como é, como vejo, como você vê!